quarta-feira, 24 de março de 2010

O movimento de ser negro que hoje irrompe pelas portas do Brasil afora, começou em Alagoas.

O movimento de ser negro que hoje irrompe pelas portas do Brasil afora, começou em Alagoas.
por Arísia Barros
http://www.cadaminuto.com.br/blog/blog-raizes-da-africa

Alagoas é segundo o ideário midiático local, terra de liberdade.
Liberdade é sinônimo de cidadania efetiva, igualdade de oportunidades, o direito identitário de ser.
Alagoas é território de grandes lutas revolucionárias. O movimento de ser negro que hoje irrompe pelas portas do Brasil afora, começou em Alagoas.
Liberdade é um estado de conquista com a compreensão de que as lutas revolucionárias têm o papel de revisar a história.
Alagoas é o universo do primeiro quilombo histórico, o dos Palmares, valorizado em todo canto do conhecimento, menos na geografia de Alagoas.
Ser quilombola em Alagoas é invadir terrenos hierárquicos das quotas do Brasil - Colônia.
Alagoas, ainda é a terra do homem branco, em que a liberdade é engravidada cotidianamente pelo apartheid da indefectível distribuição de renda: o abismo entre os poucos ricos e o universo de pobres é avassalador. Assim o disse o IBGE, em 2009.
O chicote em Alagoas ainda estala!
Os poderes políticos priorizam o trabalho com os pobres alagoanos ou os alagoanos pobres, universalizando políticas que exigem especificidades, e o povo, em uma dependência de correntes torna-se apêndice de um sistema cuja abordagem é o poder paternalista.
Há um velado desprezo por proposições e execuções de políticas que efetivamente combatam a discriminação racial, e promovam a igualdade de oportunidades das populações vítimas desse contexto social.
Uma sociedade só será verdadeiramente igualitária quando o racismo e a discriminação deixarem de ser fatores básicos das desigualdades.
Igualdade é sinônimo por excelência de Liberdade. Qual o antônimo de liberdade?
Alagoas é o segundo menor estado do Brasil, mas é o invencivelmente o pior em termos de investimento em cultura. Imagine se investirão em cultura negra? Até hoje o Parque Memorial Quilombo dos Palmares é invisível.
Cultura negra em Alagoas é apartheid.
Apartheid é a segregação de espaços com medidas bem calculadas visando desestimular/ fragilizar o desenvolvimento completo de ações que afirmem a história de um grupo ou grupos raciais em detrimento ao pensamento hegemônico das gestões administrativas.
O apartheid em Alagoas tem como propósito criar uma estrutura deficitária para que as ações se façam anêmicas, ou se deixem morrer, igualzinho ao dissidente cubano.
Negros em Alagoas sofrem rotineiramente a perda de direitos sociais.
Quais são mesmo as políticas locais para a população negra? Não vale citar as que são federalizadas.
No planejamento institucional existe um flagrante menosprezo pela força da Lei que exige o combate a intolerância, combustível para a consolidação da ideologia racista.
A Lei Federal nº 10.639/03 e Lei Estadual nº 6.814/07, em Alagoas vivem no limbo das possibilidades...
Quais são os órgãos no estado responsáveis por fazer cumprir as determinações legais da Lei de Diretrizes e Bases?
Porque se omitem?
Atualmente o estado do guerreiro negro e de tantos contemporâneos experimenta o corporativismo étnico ou a disseminação da ideologia da democracia racial.
Somos morenos?!






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segunda-feira, 22 de março de 2010

Racismo, comunicação e educação - palestra de Cláudia Santos

NOTÍCIA
20/03/2010 - 14:01:19
Racismo, comunicação e educação - palestra de Cláudia Santos


A Princesa e o Sapo – Um Conto de Fadas sobre Comunicação, Educação e Racismo*



Por Cláudia Santos**



Geralmente quando se menciona o conto de fadas em que a princesa beija o sapo, relembramos as lições de moral dessa literatura. No caso desse conto, que surgiu escrito pela primeira vez 1810, em anotações dos Irmãos Grimm, vem a perspectiva de ensinar que é preciso cumprir as promessas ainda que a jura seja feita a um sapo.



Prometeu receber o sapo em sua casa e deixar que ele coma com você no seu prato uma sopa quentinha em troca da ajuda para resgatar sua bola de ouro do fundo do lago? Por mais asqueroso tudo possa parecer, nada de fugir e bater a porta. Cumpra a promessa. Mostre que sua palavra tem valor. Assim fez a princesa obediente a orientação do rei-pai. Essa é a moral que a narrativa compilada da tradição oral pelos Irmãos Grimm quer nos comunicar.



Nessa mesma versão dos Grimm a jovem princesa chega ao limite ao ver o sapo se preparando para dormir em sua cama real. Numa reação bem violenta, a moça atira o sapo contra uma parede. É a mistura da inusitada demonstração de ferocidade seguida do choque contra o muro que faz tudo mudar: quebra o feitiço do príncipe e liberta a princesa da jura. Tudo vira um lindo e rico casamento, onde os dois nobres serão felizes para sempre.



Eu imagino que vocês já ouviram essa versão. Talvez as que são professoras também já tenham escutado e possivelmente contam a história desse jeito. Talvez prefiram aquela versão ligeiramente diferente em que a princesa, cheia de virtudes, beija o sapo e ele logo se torna um galante príncipe.



Peço a vocês perdão pela repetição de uma narrativa que vocês já conhecem. Mas isso será útil caso você se arrisque a assistir com ou sem crianças, a título de divertimento, ao mais recente lançamento dos Estúdios Disney. Será útil também se você for educadora daquelas que por força do exercício profissional pensa em levar “A Princesa e O Sapo” para a escola como uma novidade nesse início de ano letivo imaginando que exibir o filme é uma forma de colaborar para uma educação antirracista. Vale também para as que organizam cineclubes. Tem validade ainda para quem é ativista e busca animações, documentários e vídeos pra motivar discussões sobre raça e gênero.



Digo isso por que esses foram os motivos que me levaram ao cinema para assistir a esse filme. Acompanhei, desde ano passado, a publicidade em torno de “A Princesa e O Sapo”. Sonhei que com essa animação, baseada no conto dos Irmãos Grimm, teríamos aquilo que muitos de nós, militantes de movimentos negros, chamamos de “direito à normalidade”. Isso é algo que podemos ver no seriado norte-americano “My Wife and Kids”, no Brasil rebatizado de “Eu, a patroa e as crianças”. A série é um exemplo do gênero sitcom, a abreviatura da expressão em inglês situation comedy ou comédia de costumes em português.



Como muitas das pessoas que conheço e assistem ao seriado, sou fã do belo Damon Wayans, ator que interpreta Michael Richard Kyle, personagem que na série é casado com Janet Marie, interpretada por Tisha Campbell Martin. Conheço outras pessoas que assistem ao seriado por este ser um raro exemplo em que é facil se identificar com o humor estrangeiro. Sempre que vejo o seriado penso que as experiências do casal e seus filhos são uma éspecie de “direito à normalidade”. Os personagens têm consciência racial, refletem sobre isso, se posicionam a partir desse lugar em que a negritude importa como experiência, mas a série é antes de tudo comédia. Uma comédia em que ser negro é normal.



Há, entre os que discutem comigo esse “direito à normalidade”, alguns a dizer que a família do seriado “Eu, a patroa e as crianças” tem dinheiro e esse elemento é que garante o direito à normalidade. Sigo no debate discordando por que esse direito também está presente em outros seriados, já fora do ar nos EUA mas com uma audiência regular no Brasil, a exemplo de “Todo mundo odeia Chris” e nesse caso a família é bastante pobre.



“A princesa e o sapo” dos Estúdios Disney nem nos permite debater sobre o nosso “direito à normalidade”. O modo como a narrativa está estruturada nos rouba essa chance já de início. Não entramos na narrativa dos Irmãos Grimm em 1810, naquela época ainda estávamos ocupados em provar nossa humanidade, em consolidar nossa entrada na sociedade. Em 2010, 200 anos depois, já provamos nossa humanidade, mas ainda temos muito que resistir, brigar por uma forma de representação que não nos menospreze.


para ler a materia completa acesse: http://irohin. org.br/onl/ new.php?sec= news&id=7951


Cláudia Santos
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21 de março - Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

21 de Março, o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória as vítimas do Massacre de Shaperville, um bairro sul-africano da província de Gauteng.

Em 21 de Março de 1960, vinte mil negros protestavam contra a “Lei do Passe”, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam se movimentar no país. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foi de 69 mortos e 186 feridos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Reunião dos FORUNS com o CADARA






Esta acontecendo a Reunião Nacional dos Fóruns de Educação e Diversidade Étnico Racial com o CADARA, MEC/SECAD e SEPPIR. A importância desta reunião planejamento para 2010 e atuação na CONAE.
A expectativa é muito grande por isso entendemos que éde fundamental importância a o empenho de todos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mandante dos crimes dos Profs. Alvaro Henrique e Elisnei Pereira se entregar a Polinter





Justiça nega habeas corpus a ex-secretário de Abade acusado da morte dos professores


Acusado de mandar matar quatro pessoas em Porto Seguro, o ex-secretário de Governo Edésio Lima continua foragido da justiça

SALVADOR/PORTO SEGURO - O desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia Mário Alberto Simões Hirs acaba de negar o pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados do ex-secretário de Governo Edésio Dantas Lima (PSB), que continua foragido.


O ex-homem forte do prefeito Gilberto Abade (PSB) teve sua prisão preventiva decretada no dia 9 de fevereiro pelo juiz titular da Vara Crime de Porto Seguro, Roberto da Costa Freitas Júnior, sob a acusação de ter sido a mandante dos assassinatos dos professores Álvaro Henrique e Elisney Pereira, em setembro do ano passado.

O Ministério Público estadual também acusa o ex-secretário de Abade pelas mortes do seu motorista, vulgo Pequeno, e do traficante e pistoleiro, conhecido como Rodrigo Terceiro. A motivação desses crimes seria queima de arquivo, pois as duas vítimas teriam participado, segundo o MP, da execução dos sindicalistas da APLB.


Quarta 10 Março 2010 - 08:39:52

sexta-feira, 5 de março de 2010

Reunião do FEDERBA 03/05/2010

Com as presença de Dora Andrade (Parte Negra), Kléber Rosa (SEC), Jciene Malaquias da (PMSF/SMEC) e Ademário Sena (CECUP) realizou-se a reunião do FEDERBA
Reafirmando o o Lançamento do Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacional par o estudoa das Relações Etnico Raciais e o Estudo da História Africana e Afro-brasileira, este evento acontecerá em Salvador nos dias 12 à 14 de maio de 2010 com a participação da SEPPIR, MEC. Contará com a presença de 200 pessoas.
A estrutura será
Lançamento do Plano Nacional
Capacitação de Gestores
Reunião com Sudebe/SEC
Definiu-se a reunião proxima r para o dia 12/03/2010 a pauta será:
1 - Reunião nacional dos representantes de Fóruns;
2 - Agenda com SEC
3 - Anti-projeto do encontro estadual
4 - O que ocorrer
Está rteunião será no CECUP ás 14 hs Tel (71)3266-0790. Em tem hoje é Aniversário de Jopceval Nascimento e do CECUP que completo 28 anos

terça-feira, 2 de março de 2010

Secretário de Comunicação Social suspeito de envolvimento nas mortes de professores em Porto Seguro








Secretário de Comunicação Social suspeito de envolvimento nas mortes de professores em Porto Seguro
0 comentários
Postado por Wilson Novaes em 1-mar-2010 na categoria Polícia | 0 comentários
O Secretário de Governo e Comunicação Social da Prefeitura de Porto Seguro, Edézio Lima Dantas, é suspeito de participação nos assassinatos do professor Elisney Pereira dos Santos, 31 anos e do presidente da APLB/Sindicato, Álvaro Henrique Santos, 28 anos, crimes ocorridos no ano passado. O secretário municipal Edézio Lima, que em depoimentos à polícia havia negado participação nos crimes, encontra-se foragido. Três policiais militares acusados do assassinato – Sandoval Barbosa dos Santos, Geraldo Silva de Almeida e Joilson Rodrigues Barbosa, se entregaram à polícia na tarde desta segunda-feira (1º). Os três PMs
tiveram as prisões preventivas decretadas em 9 do fevereiro pelo juíz Roberto Costa de Freitas Júnior, titular da Vara Crime de Porto Seguro. Eles se apresentaram ao 8º Batalhão da PM.
Cerca de 50 manifestantes fecharam a BR-367, em frente a Delegacia de Porto Seguro, com faixas e cartazes exigindo a prisão do secretário.
O promotor de Justiça do Ministério Público, Dionélis Leone Santana Filho, esteve no Centro de Convenções da cidade, onde fica localizado o escritório de Edézio Dantas, acompanhado de dois policiais, com a pretensão de cumprir a ordem de prisão, mas o acusado não foi encontrado no local.O Crime – O duplo homicídio aconteceu em setembro do ano passado. Também foram denunciados Antônio Andrade dos Santos Júnior e Danilo Costa Leite, que aparecem nas investigações como traficantes de drogas. O promotor Dionélis Santana lamenta pela demora. “A cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Estado sabe que o juiz decretou as prisões e está demorando para efetuar as prisões”, lamentou.